Com este título a província portuguesa publicou, nos últimos anos (1998-1999), seis folhetos dedicados aos jovens leigos dehonianos, uma realidade muito promissora para a Família Dehoniana. Eles apresentam temas de nossa espiritualidade que, em sua linguagem simples, Podem ser de grande ajuda na formação dos leigos dehonianos. Junto aos folhetos publicados pela Itália do Norte e por outras províncias, constituem um acervo de subsídios para todos os que acompanham esses leigos.

Na apresentação do primeiro número, P. Manuel Neto Quintas afirma que a coleção pretende “responder a um apelo que nos tem sido dirigido particularmente pelos mais jovens: partilharmos a vida e a obra do P. Dehon, dando particular realce à sua experiência de fé, ao seu modo particular de viver o Evangelho, de se identificar com o Coração de Cristo, de responder às interpelações da sociedade do seu tempo”.

A coleção nos oferece seis títulos até agora. Dois deles são dedicados à figura de P. Dehon. O primeiro, “João Leão Dehon, um profeta de nosso tempo”, começa a série e, de certa forma, tem continuação no quarto número, “P. Dehon, homem de Igreja”. Os outros quatro números abordam temas de espiritualidade: “A oblação a Deus”, “Reparar é amar”, “A eucaristia na vida de P. Dehon”, e “Adoraçãoreparadora”.

E de se notar que os três primeiros volumes, preparados por P. Adérito Gomes Barbosa, não são simples textos dehonianos ou reflexões, mas trazem o resultado de debates e reflexões feitas em grupo, pelos jovens em particular.

A Sagrada Escritura, a leitura feita através da experiência de P. Dehon, as reflexões próprias dos autores, eles todos educadores e formadores de jovens, valorizam este trabalho oferecido pelos padres Adérito Barbosa, Manuel Barbosa, Isildo da Silva e Agostinho Pinto, que elaboraram os textos.

Chama a atenção o cuidado tido no aspecto pedagógico destas reflexões, para conduzi-las a conclusões do grupo, os questionários, a bibliografia e as sugestões de trabalho dos temas.

P. Manuel Barbosa, no volume “P. Dehon, homem de Igreja”, nos apresenta uma visão atualizada do “viver e sentir-se como Igreja” de um homem ao qual não faltaram dificuldades por parte da própria Igreja. O trabalho é curto, porém, vivido.

“A eucaristia na vida de P. Dehon”, de P. Isildo Gomes da Silva, é um subsídio simples mas bem preparado. Tem a originalidade de uma entrevista com P. Dehon sobre o tema. Tomando suas próprias palavras, dá uma idéia de como P. Dehon expunha o tema aos jovens. Como nos demais trabalhos, as pistas de reflexão individual e de grupo ajudam a fazer amadurecer os jovens no conhecimento da eucaristia, através da experiência de P. Dehon.

P. Agostinho Pinto aborda “A adoração e P. Dehon”. Fala da adoração em si, a partir da Sagrada Escritura, da experiência eclesial, do Magistério e, hoje, da Família dehoniana, de P. Dehon, concluindo: “Pelo que se viu, a adoração é fundamental na vida do cristão e sobretudo na vida daqueles que são chamados por Deus a uma consagração total ao serviço do Reino”.

Agradecemos à província portuguesa por estes cadernos, na esperança de que continuem esta publicações tão úteis na formação dos membros da Família dehoniana.