CONFERÊNCIA GERAL

DISCURSO DO SUPERIOR GERAL
NA ABERTURA DA VI CONFERÊNCIA GERAL SCJ

P. Virgínio Bressanelli
Superior Geral
Estamos iniciando este importante encontro internacional da Congregação, que vê reunidos os Superiores Maiores e os confrades, representantes dos ecônomos e do setor de Justiça e Paz. Trataremos, nestes dias, de um tema complexo e polêmico: a Economia e o Reino de Deus. De fato, este nosso trabalho não está começando agora. Hoje se inaugura a etapa intensiva da reflexão, já introduzida quando da convocação desta Conferência.

Tema, motivação e finalidade da VI Conferência Geral

1. Na origem desta VI Conferência Geral está a 5ª moção do Capítulo Geral, aprovada a 04.06.1997, que determinou o tema, a motivação e sua finalidade. A moção reza:

“Reunidos em capítulo geral, os Padres do Sagrado Coração de Jesus, chamados a ser ‘profetas do amor e da reconciliação’, sentem-se interpelados pelo problema do neoliberalismo econômico.

Esse tipo de economia, supranacional, foge do controle da autoridade estatal, nacional e local, e de todo ordenamento jurídico, subtraindo-se, igualmente, a toda avaliação ética. Isso convulsiona a vida da maior parte da humanidade, com guerras e desastres ambientais, e constitui um dos maiores ‘pecados estruturais’ do mundo de hoje (Pacem in terris, GS, PP, SRS, CA passim).

Para conscientizar toda a Congregação a respeito desse problema, pede-se que a próxima conferência geral tenha como tema: Economia e Reino de Deus, a fim de fazer opções apostólicas coerentes com a dimensão social do carisma dehoniano” (Doc. XVII, p. 392).

A moção foi retomada no projeto “Nós, Congregação a serviço da Missão” (n. 17-18), e no documento operativo “Uma estrada a construir, um caminho a percorrer” (n.8) que diz: “O objetivo proposto é de levar as províncias e a Congregação a uma política administrativa e econômica, que se oponha à ética neoliberal, e de fazer opções precisas de pobreza e de serviço aos pobres. Para alcançar esse objetivo, a preparação da conferência, nas províncias e regiões, é mais importante do que a própria celebração da mesma. É preciso preparar a conferência mediante um estudo prévio da realidade sócio-cultural, em que as províncias e regiões atuam, segundo modalidades que mais convêm. É necessário criar uma mentalidade, uma tomada de consciência do tema, para se chegar a decisões práticas e urgentes, mesmo no âmbito da nossa administração econômica dos bens”. (Uma Estrada, 8).

Aparece claro que o tema da Conferência, “Economia e Reino de Deus”, é motivado pela atual situação mundial negativa, para a maior parte da humanidade, criada pelo neoliberalismo econômico.

A globalização da economia de mercado, torna-se para nós, dehonianos, um apelo a uma reação, a partir da nossa espiritualidade e da nossa tradição de empenho social.

A finalidade da Conferência é explicitamente enunciada:

- conscientizar-se, criar uma mentalidade, uma tomada de consciência sobre este problema;

- encontrar opções apostólicas coerentes com a dimensão social do carisma dehoniano, isto é:

. levar as Províncias e a Congregação a uma política administrativa e econômica em reação à ética neoliberal;

. fazer opções de pobreza e de serviço aos pobres;

. ressaltar a importância dessa mentalidade. A conferência deveria buscar e pôr em evidência as linhas gerais que devem ser desenvolvidas nos ambientes concretos em que vivem e trabalham os SCJ. Para criar uma certa mentalidade, são necessárias idéias claras e pessoas convictas e prontas para a ação.

Natureza e preparação da Conferência

2. A Conferência Geral é um organismo consultivo, previsto nas Constituições, a realizar-se pelo menos uma vez durante o mandato do Superior Geral (cf. Cst 136), para promover o diálogo e a colaboração de todos, em nível geral” e “exprimir a participação e o interesse de todos os membros pelo bem da comunidade toda (PC 14)”. (Cst 110).

A preparação desta Conferência começou no encontro dos Superiores Maiores com o Governo Geral, em novembro de 1998.

Teve seguimento, depois, com o trabalho árduo da comissão de preparação, que sofreu a inesperada doença do P. Nestor Eckert, redator do primeiro subsídio de estudo. Isso, porém, não impediu a comissão de realizar o seu trabalho. Agradecemos o serviço notável que nos prestou. Muitos confrades, depois, estudaram o tema, individualmente e em grupos. Foram feitas assembléias, seminários, diversos encontros, artigos em “Dehoniana”. Nossa página Internet publicou 36 artigos sobre o tema. Foram enviadas muitas propostas à comissão.

3. A Conferência não é a primeira nem será a última etapa desse trabalho. Ela vai ser uma etapa intensiva, onde serão retomadas muitas das sugestões já propostas por nossos confrades. As respostas chegadas indicam a direção: que esta Conferência não se restrinja a produzir mais um documento, nem a propor moções impossíveis de realizar ou que devam ser realizados por outros. O que se espera de nós, são propostas concretas, exeqüíveis, práticas, que tenham incidência sobre nosso modo de viver, sobre nossas práticas administrativas e pastorais (cf. Moção 5). Alguns temem que nada vá mudar, outros ponderam que somos poucos e fracos para mudar alguma coisa deste mundo tão complexo, como o da economia. Alguns exprimiram certa angústia e sentimentos de impotência defronte ao capitalismo neoliberal. Outros, entretanto, nutrem grandes esperanças. Em minhas viagens, percebi um grande interesse pelo tema e pelos resultados desta Conferência; ela poderá tornar-se um passo importante na concretização da dimensão social de nosso carisma.

É importante e decisivo que os Superiores Maiores e todos os participantes sintam-se envolvidos e responsáveis pela execução das propostas, que serão apontadas. A realização das indicações da Conferência dependerá do empenho dos Superiores a este respeito.

Conferência Geral: desafio e graça

4. A Conferência é um desafio que não podemos perder, mas, que temos de enfrentar. Creio firmemente que ela poderá dar à Congregação um impulso vital, pois atinge nosso carisma no seu elemento essencial. Um desafio, que pede a coragem de questionar-nos, de renunciar ao bem-estar conquistado e ao uso excessivamente pessoal do patrimônio, de partilhar com os pobres os recursos que a Providência põe em nossas mãos. Não devemos esquecer que, grande parte de nossos bens materiais, provêm dos benfeitores que confiam em nós, que nos consideram comprometidos com os mais pobres, como, muitas vezes, lhes afiançamos.

Esse desafio, não é maior do que aquele que Pe. Dehon teve de enfrentar quando, apenas chegado em São Quintino, acreditava em um mundo mais justo, numa época em que ninguém ousava ocupar-se de questões sociais e econômicas.

5. A nossa tarefa não será fácil, dado que estamos presentes em áreas tão diversas, no campo social e econômico. Trabalhamos nos dois mundos: estamos no meio do conflito entre o mundo rico e o mundo pobre. A distância entre ricos e pobres está presente em todas as latitudes, no sul como no norte do mundo, se bem que seja mais visível, extensa e mais vergonhosa no sul. Nossas percepções e nossas preocupações são diferentes: quem vive nas áreas mais desenvolvidas e quem vive nas áreas mais pobres; porém, todos temos muito a escutar, talvez, mais a escutar do que a falar. Aqui podemos fazer um exame de consciência, descartando todo pretexto, para não mudar nada. Podemos dizer, que somos convidados, pelos pobres, a rever, com toda sinceridade, as nossas atitudes em relação a eles.

6. A escolha da cidade de Recife, feita pelos Superiores Maiores no encontro de novembro de 1998, para sede desta Conferência, é muito sugestiva e simbólica por si mesma. Foi aqui, bem perto desta casa que, em 1893, alguns confrades foram chamados a trabalhar entre os operários de uma fábrica em Camaragibe, precisamente graças à sensibilidade social da Congregação. Mais de cem anos após, viemos hoje para reforçar e atualizar aquela que, então, já era uma identidade nossa. A cidade que nos acolhe é polo de uma região árida, vítima de exploração, teatro da escravidão, no passado e no presente. No passado, pelo trabalho nas plantações da cana de açúcar, no presente, pelos desocupados, lavradores sem terra, forçados a emigrar. Que a proximidade a essa gente sofredora, possa estimular-nos em nossas decisões.

7. Não estamos partindo do nada. Na Congregação, temos muitas iniciativas no campo da promoção humana e da defesa da justiça. Basta ler o dossiê sobre o trabalho social na Congregação, publicado pelo Secretariado Geral de Justiça e Paz, no ano passado. Muitas vezes, tais opções nasceram da iniciativa de um religioso; só depois, a Província as reconheceu e incorporou em seu projeto. São opções feitas por fidelidade ao espírito de Pe. Dehon, com o desejo de responder às necessidades e às situações locais, que não nos permitem permanecer indiferentes.

À luz das Constituições e da tradição dehoniana

8. Para responder a essas situações, somos incentivados por nossas Constituições (cf. Cst 28b), quando nos convidam a compartilhar a nossa vida, as nossas alegrias e sofrimentos com os pobres, sinal e imagem de Cristo, em cujo nome lhes anunciamos a Boa Nova. A exortação à solidariedade nos levará aos ambientes, onde o nosso estar presente, representa uma esperança e um sinal da presença de Cristo.

Aproximando-nos dos pobres e dos humildes, encontraremos também aqueles valores simples da partilha, da renúncia, da solidariedade com os mais carentes, da alegria de poder servir..., valores obscurecidos em nossa sociedade individualista e competitiva do mundo neoliberal. Vamos aos pobres para aprender deles, porque neles se manifesta o rosto de Jesus Cristo, bastante escondido em outros ambientes (cf. Cst 29a).

Podemos ir ao encontro das aspirações do homem, tais como a verdade, a justiça, o amor, a liberdade (cf. Cst 36), levando os valores do Reino de Deus: a sua verdade onde há confusão, a paz onde reina a violência, a esperança onde domina o desespero, o perdão onde o ódio e a intolerância dividem grupos e nações inteiras. A situação desumana do mundo atual, deve ser purificada e transfigurada pela Cruz e pela Ressurreição de Cristo (cf. Cst 29b). Cabe a nós “manifestar eficazmente que é preciso procurar antes de tudo e em tudo, o Reino de Deus e sua justiça” (Cst 38b).

9. Mas, segundo que modalidades o Reino de Deus já é atuante neste mundo?

Há muitos que se interessam pelos pobres e pelas ameaças que gravam sobre o destino do homem e da natureza; muitos procuram construir uma nova cidade terrestre; são muitas as organizações humanitárias que buscam modelos alternativos à globalização da economia, da sociedade e das culturas.

A própria Igreja, recentemente, percebeu isso. “Com a sua doutrina social, a Igreja oferece uma válida contribuição para a problemática que apresenta a atual economia globalizada. Sua visão moral, nesta matéria, apoia-se sobre os três alicerces fundamentais da dignidade humana, da solidariedade e da subsidiariedade. Na verdade, a doutrina social da Igreja é a visão moral que visa estimular os governos, as instituições e as organizações privadas para que projetem um futuro compatível com a dignidade humana” (Ecclesia in America, 55).

O Reino de Deus é atuante naqueles que estão empenhados, por exemplo, nos seguintes campos de ação:

- Instaurar a “globalização da solidariedade” e dos movimentos de resistência e de luta contra a “globalização da economia”.

- Submeter a economia a serviço dos povos. A economia não pode ter como princípio único a busca do lucro a todo custo; mas, deve pôr-se a serviço do homem e do bem comum dos povos.

- Fortalecer a sociedade civil, a partir dos pobres e dos movimentos sociais, para condicionar os poderes fortes da sociedade política, partidária e econômica.

- Orientar o progresso tecnológico e os meios de comunicação a pôr-se a serviço do homem e a respeitar a natureza.

Afora estes grandes objetivos e projetos a longo prazo de “globalização alternativa”, o Reino de Deus manifesta seu dinamismo através daqueles que estão empenhados, hoje, em iniciativas mais imediatas e concretas, como, por exemplo:

- O cancelamento da dívida externa dos países pobres.

- Conseguir leis ecológicas, nacionais e internacionais, de caráter normativo e vinculante.

- Elaboração do Direito internacional e relativos Tribunais, para o respeito dos direitos humanos.

- Promoção da Justiça, Paz, Não-violência.

- Assistência e apoio aos marginalizados, prófugos, excluídos, encarcerados...

Devemos perguntar-nos: de que modo podemos colaborar com esta obra do Reino de Deus? Em que objetivos empenhar-nos? Que iniciativas apoiar? Cabe a esta Conferência Geral aprofundar e discernir as linhas de empenho para a Congregação, para os nossos organismos de Justiça e Paz.

Enfim, a globalização do mundo, em seus aspectos positivos de rede de comunicações, de solidariedade da caridade, de apoio da esperança, como em seus aspectos negativos de idolatria do mercado, de crise de valores éticos, de aniquilamento das culturas e das identidades locais, interpela nossa própria Congregação, como instituição e como membros.

De que modo podemos responder, como instituição SCJ, a essa globalização?

No nível estrutural, devemos partir da base periférica, isto é, das Províncias, para que elas promovam a “globalização da solidariedade” entre as próprias Províncias, Regiões e Distritos.

Em cada Província, Região e Distrito, fazer com que nossa economia seja posta a serviço da missão e não, primordialmente, do acúmulo de bens e de capitais; trabalhar para a caixa comum entre as comunidades. A administração dos bens proceda dentro do respeito às leis eclesiásticas e civis, segundo a eqüidade e senso ético, testemunhando nossa pobreza religiosa. Dar aos nossos bens uma clara finalidade eclesial, como a missão; garantir sua dimensão comunitária, para as necessidades da vida religiosa dehoniana; promover seu aspecto social, mostrando-nos solidários com os pobres. É uma tarefa que diz respeito principalmente aos Superiores e aos Ecônomos; mas que, na vivência cotidiana, envolve todos os religiosos.

No nível da conscientização e operatividade, todos os religiosos devem sensibilizar-se à dimensão social de nosso carisma. Apoiar os confrades que se põem a serviço dos pobres e com os pobres; sobretudo os confrades que fazem a opção de ser pobres e viver com eles.

10. Esta será, portanto, uma Conferência profundamente dehoniana, porquanto nos inspiramos numa das grandes motivações da atividade de nosso Fundador: a justiça social, a promoção da classe operária, a atenção aos pobres; motivações que refletem a sua espiritualidade. Pe. Dehon aplicou muitas energias na causa social. Basta recordar as suas obras em São Quintino, seu entusiasmo por Val-de-Bois, as Conferências romanas, os escritos sociais, como o Catecismo Social, o Manual Social e a Renovação Social Cristã, seu empenho na divulgação da RerumNovarum, a sua participação nos movimentos sociais e políticos, e na própria fundação de alguns desses movimentos.

Podia parecer um sonhador, ao pensar numa sociedade mais justa baseada na caridade cristã; era um homem avançado em relação ao seu tempo. Também naquela época, como ainda hoje, muita gente não acreditava que se pudesse interferir na marcha natural de um sistema tão poderoso, como as forças da economia. A sua reflexão e a sua ação, certamente, contribuíram para que a idéia do “Reino de Deus” ultrapassasse a dimensão espiritual e se estendesse também à realidade social. Com efeito, ele qualificava o “Reino de Deus” como “Reino do Coração de Jesus nas almas e nas sociedades.

A obra social de Pe. Dehon é a parte visível da sua profunda espiritualidade oblativa, reparadora, eucarística, plenamente associada à ação salvífica de Cristo. A sua vida de fé e de intimidade com o Coração de Jesus, levou-o a “viver para ele”, sentindo a paixão pelo Reino e abraçando a causa de Cristo, que é salvação e libertação integral dos irmãos. Ele viveu a preocupação social junto com muitos dos seus contemporâneos, escolhendo sua própria estrada, quer alinhando-se com uns, quer opondo-se a outros. Sempre fiel às diretrizes da Igreja, particularmente do Papa Leão XIII; ali ele encontra a orientação para encarnar a Boa Nova na realidade contemporânea da sua época.

Pe. Dehon cultivou a utopia dos grandes homens, que acreditaram na potencialidade do gênero humano e na intervenção de Deus em favor dos mais fracos. A mesma utopia torna-se, agora, necessária em nossa tarefa. Queremos ser profetas do amor, servidores da reconciliação e construtores duma civilização do amor em Cristo. O tema da Conferência nos conduz a este caminho.

O compromisso social de Pe. Dehon, não foi ocasionado apenas pela situação encontrada em São Quintino; desde a sua formação, no seminário, ele estudou com interesse a realidade social da época, nas suas categorias sociológicas e científicas, discernindo-a à luz do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja. Também para nós, hoje, coerentemente com o empenho social, devemos analisar mais profundamente as várias dimensões das problemáticas e temáticas atuais.

Conferência como ato jubilar

11. As respostas das Províncias pedem que as opções a fazer, sejam tais que mudem nosso estilo de vida. Estamos nós dispostos a enfrentar esta exigência? Este é o ponto crucial de nossos debates. Muitas vezes, nós religiosos, propomos a partilha dos bens dos outros: dos governos, das grandes empresas, dos ricos. Quem de nós está preparado para compartilhar o que é nosso? Se conseguirmos enfrentar este ponto, com sinceridade e sem escusas, então nosso carisma encontrará novos caminhos de desenvolvimento. Não somos, também nós, como indivíduos e como instituição, cúmplices dum sistema econômico, que esquece os mais fracos, que faz aumentar as distorções, que distribui, de modo vergonhoso, os recursos do mundo criado por Deus? Até que ponto, nosso patrimônio, as nossas reservas econômicas, os nossos investimentos se justificam dentro de um sistema que busca exclusivamente o lucro e o acúmulo do capital? O que se pode esperar de nós SCJ, diante dos apelos de um mundo empobrecido pelo neoliberalismo e pela, assim chamada, economia de mercado, como resposta a tudo isso, à luz do Evangelho, da nossa opção de vida e de nosso carisma?

12. Celebramos esta Conferência no Ano do Grande Jubileu. Todos nós vivemos a mística do perdão e da reconciliação, da revisão das relações entre as pessoas e os povos. Uma mística que, entre tantos outros aspectos, enfatizou a situação dos países pobres e suas relações com os ricos, sobretudo o problema da dívida externa dos países pobres, com a conseqüente situação de empobrecimento e de dependência que cria.

A Conferência será para nós uma ocasião de viver o nosso momento dehoniano do Jubileu. Temos uma oportunidade de participar desse grande evento da Igreja, como Congregação, e descobrir, quem sabe, formas particulares de participar desse evento.

Na Missa refletimos sobre isso. Façamos todo o possível para que a nossa vinda a Recife se transforme numa peregrinação ao encontro dos pobres; que as nossas opções sejam fruto duma conversão institucional profunda; e que a nossa indulgência seja a palavra de Jesus: “Vinde, benditos do meu Pai, porque me destes de comer ..., de beber ... acolhestes ..., vestistes ..., visitastes ..., toda a vez que o fizestes a um destes mais pequenos, que são meus irmãos ...”. (Cf. Mt 25, 21ss).

13. Agradeço a Província BS, que nos acolheu tão fraternalmente e que, durante meses, se preocupou para que esta Conferência alcançasse seus objetivos. Sei que houve um esforço de todos os membros da Província; assim, deram um exemplo de solidariedade, sem sobrecarregar ninguém.

Agradeço ainda a Comissão de Preparação (P. Carlos Alberto da Costa Silva, P. Peter Sanders, P. Angelo Cavagna, P. Nestor Eckert e P. Osnildo Klann) que nos acompanha nos trabalhos destes dias.

Obrigado a todos os presentes, de modo particular, aqueles que estão mais empenhados nos serviços técnicos exigidos para um bom andamento de tudo.

Concluindo, desejo a todos um bom trabalho!