VIDA DA CONGREGAÇÃO

A FAMÍLIA DEHONIANA

Virgínio Bressanelli
Superior geral

Como irmão, tenho o prazer de acolhê-los em nossa casa. Foi-me pedido para apresentar o tema deste nosso encontro. Sirvo-me de minha experiência e do tesouro que herdei de nosso pai comum, P. Dehon, tesouro este que eu gostaria que fosse usado para a evangelização do mundo. Tenho algum receio de não satisfazer plenamente em meu objetivo.

1. Uma realidade a caminho

A rica e variada apresentação das diversas delegações aqui presentes nos dão uma imagem do que está acontecendo na Igreja com a herança dehoniana.

A “Família Dehoniana”, entendida como um conjunto de componentes (SCJ, leigos, consagradas) que buscam inspiração no projeto espiritual de P. Dehon para fortalecer a própria experiência vocacional e a missão batismal é hoje uma realidade.

Isto podia-se constatar há dez anos, nesta mesma sala, por ocasião do primeiro encontro de leigos dehonianos. Desde o primeiro dia, 4 de setembro de 1990, percebia-se quanto era inadequado o título “Encontro de leigos dehonianos”, dado que a presença de diversas vocações já projetava a figura de uma “Família dehoniana”, como termo mais apropriado para rotular o que estava acontecendo. De fato, foi naquele encontro que emergiu a consciência da comunhão das diversas vocações, todas claramente identificadas e autônomas em seu estado de vida e unidas na partilha do projeto de vida evangélica de P. Dehon.

Esta experiência brotou contemporaneamente em diversos lugares onde trabalham os SCJ, desde os anos oitenta. Na verdade, sempre houve um embrião de família dehoniana desde os tempos de P. Dehon em São Quintino.

Antes que a Congregação fosse, já havia um elo entre nosso Fundador e as “Servas do Sagrado Coração”. Este elo estendeu-se posteriormente às Religiosas do S. Coração de Jesus de Namur, chamadas de Irmãs Vítimas. Madre Maria Verônica mandou muitos sacerdotes para a nossa Congregação, entre os quais os padres Prévot e Charcosset.

Desde o começo, em 1878, houve sempre certa presença de padres e leigos associados, dos quais o P. Dehon fala, inclusivo nos relatórios à Santa Sé, para a aprovação do Instituto, e na carta conclusiva do Capítulo de 1919.

Tal associação, chamada de “Associação Reparadora”, vai mudando de forma, incluindo associados e agregados, entre os quais a própria mãe de P. Dehon. Em 1923 esta associação toma o nome de Adveniat Regnum Tuum, canonicamente ereta, e que chegava a congregar 50.000 membros com a finalidade de “orar e sacrificar-se pela difusão do reino de Jesus na terra, pela triunfo da Igreja e pelo aumento das vocações sacerdotais e missionárias”. Esta associação ainda existe em alguns países da Europa.

2. Projeto dehoniano e Família dehoniana

O fato de existir a família dehoniana não constitui, portanto, uma novidade. Novas são suas características atuais.

a. Trata-se de um fenômeno universal, verificado em muitas ordens e congregações a ponto de o Papa afirmar no documento Vita Consecrata que “iniciou-se um novo capítulo, rico de experiências, na história das ralações entre as pessoas consagradas e os leigos (54) ... marcado por novos caminhos de comunhão e de colaboração que devem ser estimulados” (55).

b. Em sua origens estão a graça, o estímulo e a perspectiva cristológica e eclesiológica do Vaticano II. A noção de Igreja como povo de Deus, chamado à santidade pelo batismo, que o insere no mistério pascal de Cristo. O conceito de povo peregrino e comprometido no mundo e na história, na comunhão de caridade entre todos os seus membros, teve conseqüências significativas na vida da Igreja, como, por exemplo:

- Todos os membros da Igreja estão convocados na missão comum de salvação do povo de Deus e do mundo de hoje.

- Distingue-se melhor as diversas vocações.

- Os leigos recuperam sua identidade e passam a ser reconhecidos como membros adultos e protagonistas na Igreja; a vida consagrada é interpelada a voltar às suas fontes e a reformular seus conteúdos essenciais e a atualizar suas expressões de vida e de pastoral.

Certos desafios e valores passam a ser comuns a todos: a opção pelos pobres, o sentido eclesial da vida comunitária. Nestes campos, nos quais com freqüência há atritos e tensões purifica-se nossa forma de viver o evangelho e se estimula a comunhão e a colaboração.

João Paulo II, na encíclica Christifideles Laici (55) retoma esta perspectiva: “Na Igreja-Comunhão os estados de vida encontram-se de tal maneira interligados que são ordenados uns para os outros.... tanto no seu conjunto como cada um deles em relação com os outros, estão ao serviço do crescimento da Igreja, são modalidades diferentes que profundamente se unem no ‘mistério de comunhão’ da Igreja e que dinamicamente se coordenam na sua única missão”.

Fica claro que, antes de insistir sobre a diversidade das vocações, é preciso afirmar a unidade da missão que faz da Igreja um “povo em missão”, um “povo de enviados”. É preciso lembrar a vocação comum para a união com Deus pela salvação do mundo (cf. Rom 4). Assim, entende-se que os diversos estádios de vida e de vocações sejam;

- unificados no mistério de comunhão da Igreja;

- estão ordenados um para o outro;

- a serviço do crescimento da Igreja;

- coordenados na sua missão única.

Esta unificação e coordenação não anulam a identidade própria, a o caráter específico e a autonomia de organização de cada uma destas vocações.

c. Descobre-se que os carismas dos Fundadores não são mais vistos como propriedade privada de seus institutos mas dons para a Igreja, abertos a diferentes formas de participação.

Todos passam a ser responsáveis pela fecundidade do carisma e, sob a guia do Espírito Santo, podem fazer uma re-leitura e nova encarnação do mesmo. “Não raras vezes, a participação dos leigos traz inesperados e fecundos aprofundamentos de alguns aspectos do carisma, reavivando uma interpretação mais espiritual do mesmo e levando a tirar daí indicações para novos dinamismos apostólicos” (VC 55).

Os consagrados de cada instituto, que são a primeira expressão histórica do projeto, são chamados a ser guias experimentados dos caminhos espirituais e a cultivar o espírito (VC, 55). A precedência histórica não confere autoridade nem poder mas convoca ao serviço e ao cuidado pela fidelidade ao carisma.

d. Há uma herança comum que cria sintonia entre os participantes dos mesmos valores, sustenta-os, ilumina-os em sua peregrinação terrestre e faz que com as diversas estradas tenham trechos em comum, partilhando os dons básicos da vida: a vida, a fé e a esperança.

Estas são as experiências que viemos contar aqui. Percebemos ter o mesmo modo de aproximar-nos do mistério do Coração de Cristo, descobrindo o infinito amor de Deus. Temos em comum o mesmo sentimento de Igreja, uma mesma sensibilidade perante o mundo atual, um certo compromisso pelo Reino, uma certa paixão pelo evangelho, pelos valores da justiça, da verdade, da solidariedade, uma certo chamado a sermos servidores da reconciliação entre as pessoas e promotores da paz, da dignidade humana e da fraternidade universal.

Partilhamos a vocação de união à oblação reparadora de Cristo e de fazer nossos os sentimentos de misericórdia, de abandono, de compaixão e de disponibilidade total ao projeto salvífico de Deus, cooperando na construção da Civilização do Amor.

Neste itinerário de compromisso cristão nos é central o mistério eucarístico celebrado e adorado. Este é o princípio de união ao Senhor, é a fonte de inspiração, vínculo de comunhão fraterna, apoio vital na missão, estímulo a fazer a memória de Cristo assumindo seu destino pascal.

Nós intuímos que esta perspectiva de vida e de compromisso concretiza-se nos dia a dia e constitui uma herança a nós transmitida através da mediação de P. Dehon

Esta descoberta de partilhar o mesmo projeto de vida evangélica de P. Dehon, de participar da mesma herança, embora em diferentes modalidades, faz de nós, não uma associação, ou uma federação, mas uma família.

O termo família está a indicar uma comunidade de diversas vocações que partilham o mesmo patrimônio espiritual e herança. Está a indicar que existem diversos componentes familiares que participam do mesmo projeto carismático de P. Dehon, completando-se reciprocamente, consolidando, desta forma, sua vocação específica. Nossas relações são fraternas e não de subordinação.

Participamos, como irmãos e irmãs, da mesma espiritualidade de P. Dehon. De fato, na origem do projeto dehoniano está sua visão espiritual que orienta tudo o mais. Portanto, a partilha no projeto não se faz através de algumas determinadas obras. O ponto de partida é que consagrados e leigos devem permanecer como tais, em sua vocação específica, em sua missão. O que partilhamos é a forma de nos aproximar-nos ao mistério de Cristo, não necessariamente as formas de empenho pastoral.

Participamos todos da mesma missão carismática da construção do Reino do Coração de Jesus nas almas e na sociedade. As modalidades concretas e os trabalhos apostólicos desta missão são diversificados pois dependem de cada grupo segundo suas opções.

Dentro da família sempre há a possibilidade de colaboração na mesma obra. Este tipo de participação no mesmo trabalho, como na oração comum, já acontece. Exemplo disso é a Fraternidade Mariana do S. Coração e seus adeptos, a Companhia Missionária e seus familiares. São bons exemplos de comunhão eclesial sem descaracterizar a identidade de cada um.

e. O termo família faz referência não apenas a conteúdos comuns mas a um pai espiritual comum, P. Dehon.

Ele é visto como um mediador eclesial deste dom do Espírito, que nós chamamos de “Projeto de vida dehoniana”. Com esta denominação não se pretende negar a influência que ele recebeu das Irmãs Servas, de São Quintino e das Religiosas de Namur. Historicamente, atribuímos a P. Dehon o fato de ter feita uma síntese destas tradições, que deram origem à Congregação SCJ e de outros institutos que surgiram depois.

Sua paternidade espiritual ganhou bastante força nos últimos anos entre os leigos, de modo a chamar a atenção e ganhar a simpatia que já usufruía entre os SCJ.

O Fundador tem o dom especial de captar a amplidão do carisma e de vivê-lo antecipadamente, como projeto de vida evangélica, que ultrapassa os limites do Instituto que ele funda. Neste sentido, ele é um verdadeiro pai espiritual, também nos casos em que o carisma se expressa de formas novas e, contudo, aprovadas pela Igreja. O carisma é uma realidade dinâmica, tanto mais rica e bela quanto mais livre para criar novas expressões de vida e de apostolado. Os carismas morrem quando não encontram espaço para expandir sua riqueza. A compreensão renovada de um carisma acontece quando vai ao encontro de novos desafios da história, quando se depara com situações semelhantes às de sua origem. A excessiva institucionalização do carisma, a falta de expansão universal, o distanciamento da profecia, dos desafios, da inserção na história acabam por sufocá-lo e neutralizá-lo.

Uma vez que o verdadeiro articulador do carisma é o Espírito não é de se estranhar que a mediação de P. Dehon tenha se amparado em Madre Uhlrich e nas Irmãs Servas e que continue a buscar novos contornos em mediações atuais.

f. A “Família dehoniana” é uma realidade viva, ainda em formação. Em alguns países é ainda um fenômeno de dimensões reduzidas, nascido pelo esforço de algum religioso SCJ ou de algum ex-aluno. Em outros países nasceu como processo de transmissão da espiritualidade por parte dos religiosos aos leigos e consagrados comprometidos.

Em todos os caos, é fruto da iniciativa do Espírito que continua a surpreender-nos com sua criatividade que ultrapassa qualquer expectativa e fronteira. É um verdadeiro sopro pentecostal que atinge nosso tempo, nossas pessoas e os componentes mais antigos, chamando-os a confrontarem-se e a renovarem-se a partir deste evento.

É uma verdadeira graça do momento. É um desafio que nos interpela. Devemos reconhecer o fato e submeter-nos com alegria e fidelidade à moção do Espírito e dar glória a Deus.

Para nós, SCJ, e para os Institutos mais antigos é uma graça que vem fortalecer a própria identidade e ajuda a descobrir novas perspectivas e novas leituras do carisma. É um desafio que convida a aceitar com alegria os novos irmãos e irmãs que o Senhor nos dá. Nos faz entender a irradiação da espiritualidade para além das fronteiras do Instituto e requer uma mudança de perspectiva em relação aos novos componentes. O centro não é o Instituto SCJ mas o projeto de vida dehoniana do qual somos todos participantes.

Os novos componentes precisam de uma formação progressiva para situar-se na espiritualidade e na missão. A visão de conjunto que caracterizou P. Dehon deve fazer-se um horizonte que a ser construído com paciência, clareza e determinação. Não podemos esquecer que nossa herança é bela e sugestiva, mas não é uma intuição imediata. Ela carece de fazer um percurso espiritual e ser elaborada interiormente. Exige um relacionamento contínuo com o Senhor (cf. P. Dehon, Testamento Espiritual) e um compromisso histórico, coisas impossível sem uma base teológica sólida.

g. Um mínimo de institucionalização e uma sábia organização são fundamentais para que cada projeto tenha algum futuro. Até a mesmo a família que agrupa estes componentes todos precisa definir sua identidade, definir as relações entre si e munir-se de algum aparato de organização e coordenação interna para atingir sua finalidade.

A fim de favorecer a troca de riquezas deve-se pensar num sistema de comunicação interna. Este é um passo a ser dado neste encontro.

Levando em consideração que a vida precede ao direito e à norma esperou-se intencionalmente alguns anos para codificar nossas relações e traçar um perfil da identidade da família dehoniana. Pretendeu-se também que esta codificação partisse da base, com a contribuição de todos. É um caminho mais longo e mais participativo. Esperamos poder colher um fruto amadurecido do tanto que já se trabalhou nos diversos grupos e na Comissão preparatória.

3. A propósito do trabalho destes dias

a. Este Encontro Internacional da Família Dehoniana dá continuidade a um trabalho que teve início nos anos oitenta e contou com o esforço de várias pessoas:

P. Oliviero Girardi, que criou um sistema de informação daquilo que acontecia nas províncias e foi um dos organizadores do encontro de 1990.

P. André Perroux, que, na condição de conselheiro geral, acompanhou e ainda acompanha alguns grupos, oferecendo seus serviços de reflexão histórica e espiritual. De 1991 a 1997, ele, junto como P. Thomas Cassidy, conselheiro geral, coordenou oficialmente a animação da família dehoniana.

P. Antonio Panteghini, 7º Superior geral da Congregação, convocou o Encontro Internacional dos Leigos dehonianos em 1990. Depois, escreveu duas cartas circulares e fez publicar as atas daquele encontro.

No mandato do atual governo geral (1997-2003) passam a coordenar a família dehoniana os padres Umberto Chiarello e Hadrianus Wardjito, para responder ao pedido do Capítulo geral de 1997 de traçar o perfil da família dehoniana.

Foram eles que prepararam este encontro, com a colaboração de P. Fausto Colecchia, Lúcia Correia, Romano Sonna e Emília Meireles, integrantes da Comissão preparatória.

b. A participação de tantos neste encontro é sugestiva. Além dos leigos dehonianos que constituem o maior número, estão aqui representados vários institutos de consagradas, a saber;

As “Soeurs Servantes du Sacré-Cœur”, cuja fundação data de1867, por obra da “Chére Mère” Marie du Coeur du Jésus (Oliva Uhlrich). Trata-se de um instituto anterior à fundação de P. Dehon. Está presente sua Superiora geral e mais uma irmã.

A congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, fundada em 1978 pelo P. Dehon.

“The Sacred Heart Sisters”, de Aliwal, na África do Sul, fundada pelo bispo dehoniano D. Franz Wolganag Demont, em 1929. Está presente sua ex-superiora geral.

O “Istituto Reparador de España”, fundado pelo P. Miguel López Moya, em 1950. Está presente uma irmã delegada.

A “Compagnhia Missionaria del Sacro Cuore di Gesù”, fundada em Bologna pelo P. Albino Elegante, em 1958. Estão presentes duas consagradas.

A “Fraternidade Mariana do Coração de Jesus”, fundada no Brasil em 1974 pelo P. Aloísio Boeing, aqui presente com duas religiosas.

As “Missionárias do Amor Misericordioso do Coração de Jesus” fundada em Portugal pelo P. Giulio Gritti em 1992, aqui representadas pela responsável geral.

Não estão presentes as “Religieuses du Sacré-Coeur” de Namur, fundadas pela madre Marie Veronique du Coeur de Jésus”, em 1957. Trata-se de uma congregação contemplativa.

c. O trabalho destes dias (09-13.10.2000) será feito na trilha do Grande Jubileu. Queremos estar em comunhão com todas as Igrejas cristãs que celebram 2000 anos da Encarnação.

A parrtir dos relatórios, das palestras, da troca de experiências, colocamos três perguntas gerais:

- Que estamos vivendo?

É importante a troca de experiências de vida, de fé e de compromisso apostólico a partir de uma herança comum, expressa com toda a liberdade e franqueza.

- O que temos em comum?

Podemos definir em comum a identidade da Família dehoniana em seus elementos essenciais e comuns a todos.

- Como podemos caminhar juntos?

É preciso estabelecer alguma estrutura de organização para a Famílai dehoniana.

Partimos do fato que somos todos filhos adultos, com certa autonomia já adquirida, com um estado de vida já reconhecido pela Igreja (religiosos, consagrados na secularidade, leigos), no qual somos chamados a viver conforme um modo específico, a herança de P. Dehon.

d. Com relação aos Leigos dehonianos carecemos de fazer uma reflexão particular, dada a diversidade de experiências e estilos nos diversos países e culturas.

Nós, SCJ, temos a nossa Regra de Vida que nos identifica e organiza. Os diversos grupos de consagrados dispões também de algo semelhante. Falta definir melhor o perfil do leigo dehoniano. No último Capítulo geral SCJ foi feita uma moção neste sentido. O governo geral pediu, então, aos leigos que se pronunciassem a respeito. Agora, a mesma pergunta é feita neste encontro.

Este é um objetivo secundário, mas não menos importante, deste encontro. Os leigos são chamados a viver o carisma dehoniano em seu estado de vida. Cabe a eles buscar a dimensão leiga desta espiritualidade e desta missão. É preciso também encaminhar alguma integração maior entre os vários grupos de leigos em nível, regional, nacional e internacional.

Conclusão

Não resta mais nada senão desejar-nos bom trabalho como já estamos a fazer há dois dias. Já é hora de aprofundar a busca e a partilha para alcançar os objetivos deste encontro.

Esperamos que este seja um tempo de crescimento, sob a luz do Espírito Santo.

Que este trabalho não fique limitado isso. Nossa meta última é a participação na missão da Igreja. Nosso horizonte é o “Reino do Sagrado Coração de Jesus nas almas e na sociedade”.