EDITORIAL

Por muito tempo mantivemos um tanto ignoradas as duras perseguições religiosas deste século: no México, nos anos 20, na Espanha, nos anos 30, na Alemanha, nos anos 40, na Rússia, praticamente o século inteiro.

Quando o Papa passou a chamar estes testemunhas da fé “mártires da grande causa de Deus” e lançou a idéia de resgatar sua memória, passou-se a olhar com maior atenção estes fatos.

Já na encíclica Tertio Millenio Adveniente afirma-se que “no nosso século voltaram os mártires, em geral ignorados, soldados anônimos da causa de Deus” (TM 37).

Este aspecto envolveu também a família dehoniana, quando foi dada a conhecer a lista dos mártires espanhóis e, entre eles, figurava um dehoniano, o P. Juan de la Cruz García Méndez.

Na carta de anúncio da sua beatificação, o Superior geral convidava a família dehoniana “a recuperar a memória histórica daquelas figuras significativas de irmãos e irmãs nossos que possam tornar-se modelos e estímulos para viver mais intensamente nossa vocação e nossa missão na Igreja e no mundo de hoje”.

Além deste convite a recuperar a memória histórica, a carta apresenta uma lista de 50 confrades, qualificados como mártires.

Este novo milênio começou sob o digno de Juan M. de la Cruz, o primeiro beato da Congregação. Por esta razão quase todo este caderno é dedicado a fazer o resgate desta memória.

O primeiro artigo resume o livro de Andrea Riccardi sobre o Século dos Mártires, e século passado. Depois, vem o discurso do Papa na canonização dos mártires espanhóis.

O dossiê central é dedicado ao nosso mártir, Juan de la Cruz, mostrando alguns anotações espirituais suas.

Depois, são lembrados outros confrades que testemunharam com sua vida sua fé em Cristo.

Em seguida, sob a rubrica “Vida da Congregação”, a experiência de alguns confrades.

Por fim, a recensão de algumas publicações dehonianas.

Andrea Tessarolo (IS)